quarta-feira, 27 de agosto de 2008

P.J. Harvey

P.J. Harvey - White Chalk (2007)




Olá caros leitores, hoje trago uma artista menos conhecida do grande público (o que daqui por diante ocorrerá com alguma freqüência) já que nem só de “mainstream” se faz essa coluna (Graças a Deus).

Polly Jean Harvey é britânica e lançou seu primeiro disco, Dry, em 1992, acompanhada pelo baixista Steve Vaughn (pelo amor de Deus, não confundir com o guitarrista Steve Ray Vaughan) e pelo baterista Rob Ellis. Seu primeiro (e, na minha modesta opinião, o melhor) trabalho solo é To Bring You My Love (1995).

Confesso que ouvi White Chalk com o pé atrás, após a decepção de Uh Huh Her (2004), e me surpreendi positivamente. Temas densos são, normalmente, explorados pela moça com instrumentais pesados, rasgados e cortantes. Esqueça as guitarras distorcidas e o vocabulário chulo dos discos anteriores, pois, não é o caso deste belíssimo disco, que em relação aos seus antecessores é bem mais contido musicalmente.

White Chalk é quase um álbum acústico, onde predominam pianos melodiosos e letras que beiram o desespero. É homogêneo sem ser monótono. Destaques para a faixa-título, que traz um belo revezamento de instrumentos (ora, piano, ora bandolim, ora violão) na base da canção e Grow, Grow, Grow com seus agudos claustrofóbicos.
Intimista, suave e, em alguns momentos, angustiante é a melhor definição de White Chalk.

Pra quem conhece o trabalho da moça é uma grande oportunidade de conferir seu poder de reinvenção. Pra quem não conhece, sugiro que ouça To Bring You My Love (1995) ou Stories From The City, Stories From The Sea (2000) ANTES de White Chalk. O caminho inverso pode ser traumatizante.

Coluna "Experiência Auricular"

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